

O que é mito e o que é verdade sobre a badalada família dos alimentos funcionais no combate ao câncer.
Que tal uma generosa porção de brócolis ao vapor na sua entrada de salada? Que diria se, em lugar de brócolis, lhe servissem couve de Bruxelas ou couve-flor? Sugestões assim lhe abrem o apetite ou soam como “tortura” gastronômica? Para todos os efeitos, você consome esses vegetais com regularidade?
Certamente, você já ouviu dizer que brócolis e companhia fazem bem à saúde. Mas tem ideia do porquê, e do tamanho desse benefício?
Infelizmente, esses vegetais, como tantos outros da família anticâncer, não fazem parte do cardápio regular, diário, de muita gente, ou quando aparecem, a frequência e a quantidade não são suficientes para oferecer qualquer proteção. O quanto consumimos habitualmente de vegetais e frutas é, em geral, insuficiente. Não passam de ornamento, para conferir um pouco de cor, e acabam muitas vezes no “bem-nutrido” lixo dos restos alimentares. Vamos mudar isso?
Particularmente as crianças, mal acostumadas como estão com guloseimas e outros petiscos do cardápio junk food – que de saudável não tem nada – perdem muito por não consumir vegetais, e isso pode repercutir na saúde futura. Os pais e os educadores precisam repensar isso, e envidar esforços para mudar precocemente hábitos tão ruins para um padrão minimamente razoável de alimentação. As pesquisas médicas hoje não deixam dúvida sobre as sérias consequências de hábitos alimentares ruins na infância para a saúde de toda a vida.
Família de vegetais anticâncer
Uma dieta rica em vegetais, especialmente os de coloração verde escura, é também uma dieta anticâncer. Pelo menos é o que sugerem não poucos trabalhos científicos.
Numerosos fitoquímicos dietéticos em frutas e vegetais têm exibido efeitos quimiopreventivos do câncer, tanto em estudos pré-clínicos com modelos animais como em estudos epidemiológicos com humanos. Esses fitoquímicos impediriam a iniciação da carcinogênese através de vários mecanimos, como a eliminação direta dos radicais livres, como as espécies reativas de nitrogênio, ou, o que é ainda mais importante, fortalecendo a defesa celular pelo aumento da biossíntese de enzimas antioxidantes e desintoxicantes (LEE JH et al, 2013).
Alimentos do grupo dos vegetais crucíferos, a saber, brócolis, couve-manteiga, couve flor, repolho, couve de bruxelas, rabanete, mostarda, contêm compostos indóis (o mais conhecido é o composto chamado 3-indol-carbinol) e isotiocianatos, que são capazes de induzir o organismo a produzir enzimas protetoras contra o câncer, principalmente o de mama. Mas os benefícios estendem-se também a outros órgãos, como estômago, intestino, pulmão, e colo do útero. Os indóis são transformadas em glucosinolatos , que no organismo são metabolizados em isocianatos – uma cadeia de reações benéficas que nos escudam contra muitas doenças.
Proteção para a saúde da mulher
O 3-Indol-carbinol contribui para reduzir o estrógeno na circulação sanguínea, o que é uma dádiva para as mulheres que têm, tiveram ou podem vir a ter câncer de mama hormônio-dependente. E não são poucas as que correm esse risco, pois o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano (www2.inca.gov.br, acesso em 17 de março de 2016).
Por isso, incluir generosas cotas de brócolis e outros vegetais verde-escuros no cardápio do dia-a-dia, pode ser um dos melhores brindes à saúde, particularmente a saúde da mulher.
Diga-se de passagem que o estrógeno é um hormônio essencial ao organismo feminino. Mas quando em excesso, ou quando há resposta exagerada do tecido mamário a esse hormônio, pode instalar-se o câncer. Por isso, o 3-Indol-carbinol dos vegetais crucíferos, modulando o hormônio feminino, promove a saúde feminina, opondo-se ao câncer.
Os vegetais crucíferos e seu potencial anti-câncer
Os referidos vegetais crucíferos, como brócolis, couve-manteiga, couve de bruxelas, couve-flor, são proverbiais por sua riqueza em glicosinolatos, um grupo de glicosídeos que contêm enxofre, encontradas em muitas espécies de plantas, existindo mais de 120 tipos desse formidável agente quimiopreventivo do câncer na natureza.
Acumulam-se cada vez mais evidências dos efeitos benéficos dos glucosinolatos alimentares para a saúde global, incluindo sua potencial ação anti-câncer.
Os cientistas descobriram que esses compostos naturais são capazes de prevenir a iniciação da carcinogênese através da indução da defesa celular por meio de enzimas desintoxicantes e antioxidantes, bem como através de mecanismos epigenéticos, incluindo a modificação da metilação de genes relacionados ao câncer, a regulação da histona e certas alterações na expressão genética. Na prática o que isso significa? Melhor proteção celular contra o estresse oxidativo e metabólitos carcinogênicos (Fuentes F et al, 2015).
Frutas roxas e seu potencial anticâncer
As frutas de coloração arroxeada há tempo figuram na lista do arsenal pró-saúde contra o câncer. Mas seus benefícios vão além, pois contêm compostos que podem diminuir as chances de enfermidades do coração e certas doenças neurológicas, como o mal de Alzheimer. Estamos falando de um grupo de várias frutas, que inclui ameixa, mirtilo (blueberry), amoras pretas (blackberry) e uva (Kell DB, 2010).
E como podemos explicar essas vantagens? Um grupo de substâncias amigas, presente nessas frutas, chamado polifenol, ajuda a “conduzir” de modo seguro o ferro através de suas avenidas metabólicas. Em outras palavras, o ferro, mineral indispensável à formação da hemoglobina dos glóbulos vermelhos e prevenção da anemia, também pode ser um “agente do mal”. Como assim? Vamos por etapas.
Quando o ferro pode ser vilão
A exposição a uma variedade de toxinas e/ou agentes infecciosos leva à doença, degeneração e morte. E muitas vezes, células e tecidos podem não morrer, mas ficar completamente alterados e impedidos de realizar normalmente sua função, algo que podemos chamar de completa obliteração fisiológica.
Embora haja inúmeros agentes envolvidos no processo de destruição celular, difíceis até de enumerar, a boa notícia é que parece haver uma convergência para certos mecanismos de destruição, ou seja, uma provável unificação desses processos deletérios em alguns pontos ou etapas do metabolismo, o que de certo modo direcionaria o estudo não apenas da fisiopatologia (o entendimento de como o dano acontece), mas também da abordagem preventiva e terapêutica. E a proposta é que essa convergência de processos de injúria ocorreria na altura do metabolismo do ferro (Kell DB, 2010).
O ferro, todos sabemos, é um nutriente essencial à vida dos mamíferos. Acha-se intimamente envolvido em numerosos processos biológicos e celulares, como formação da hemoglobina, progressão do ciclo celular, crescimento, transporte de oxigênio, fosforilação oxidativa e síntese de DNA.
Estudos sobre radicais livres e seus danos à saúde, porém, vêm mostrando que, quando a ligação deste mineral não é adequada, pode ocorrer a reação de Fenton, que leva à produção de radicais hidroxila, causadores de estresse oxidativo e, por tabela, destruição celular. Esse fenômeno está por trás dos processos degenerativos e insultos tóxicos que levam a muitas doenças, como o câncer.
Tanto as células normais como as neoplásicas (do câncer) têm necessidades semelhantes para o ferro. Quando falta esse mineral, pode instalar-se anemia ferropriva, porém, se há excesso, o câncer pode ser estimulado. Estudos sugerem que o ferro promove o crescimento de células cancerígenas (Padmanabhan H et al 2015). É portanto crítico para a saúde conseguir um equilíbrio adequado do ferro no organismo – nem demais, nem de menos.
O excesso de ferro aumenta o estresse oxidativo nos tecidos do corpo, provocando danos ao DNA, lipídios e proteínas, por meio da referida reação de Fenton, que libera radicais hidroxila e outros oxidantes. Especificamente, estudos sugerem que esse processo esteja envolvido no câncer colo-retal. Um estudo realizado entre populações, publicado na revista Carcinogenesis, sugere uma associação significativa entre elevada ingestão de ferro dietético e câncer do intestino (Chua AC et al 2010). Vários outros estudos apontam também a essa associação (Kim E et al, 2013; Hooda J et al, 2014; Padmanabhan H et al 2015).
Particularmente, o consumo liberal de carne vermelha vem sendo associado com o câncer colo-retal, provavelmente pelo fato de que o ferro heme (presente na carne vermelha) promove mutações específicas (Gilsing AM Atal 2013). Aliás, a alta ingestão de ferro heme, comum na dieta ocidental, acha-se associada ao aumento do risco de diversos cânceres além do colo-retal, como de pâncreas e de pulmão. Há também evidências de que o ferro heme em excesso aumente o risco de diabetes tipo 2 e doença cardíaca coronária (Hooda J et al, 2014, White DL et al, 2013).
Que fazer? Resposta na alimentação funcional
Além de balancear a dieta, evitando alimentos que promovem o estresse oxidativo e tanto quanto possível a exposição a toxinas, a resposta ao que fazer para evitar essas reações mortíferas e suas sérias implicações vem, em grande parte, dos conceitos da alimentação funcional.
Sugere-se o uso de substâncias quelantes do ferro em parceria com antioxidantes, como agentes nutricionais ou terapêuticos, para inibir a progressão tanto dos referidos processos degenerativos como as sequelas de exposição aguda ou crônica a toxinas (Kell DB, 2010). E é exatamente aqui que entram os polifenóis das frutas roxas.
Alimentação funcional contra os radicais livres
Os radicais livres – como temos enfatizado aqui – produzem grandes estragos na célula, podendo levar a mutações causadoras de câncer, doença cardiovascular, diabetes e uma infinidade de outras doenças que afligem o homem moderno.
A questão que muitos levantam é por que estamos sob grave ameaça desses vilões, os radicais livres? Embora se trate de tema complexo, ao mesmo tempo que criticamente vital, a resposta é relativamente direta e simples: Porque, em grande parte, poluímos nosso ambiente e nossa alimentação. Estamos expostos a uma carga extraordinária de toxinas que nós mesmos despejamos no ambiente e que adicionamos à nossa própria comida.
É verdade que o primeiro passo de resgate passa pela conscientização e mudança de atitude. Mudança que inclui hábitos alimentares, que por sua vez, premia quem inclui em sua dieta alimentos funcionais, os quais se destacam por sua capacidade de criar um certo “escudo” contra a proliferação excessiva de radicais livres, causadores de doenças. Um escudo que, obviamente, não nos protegerá indefinidademente contra todos os dardos, mas nos ajudará neutralizar boa parte deles.
Frutas roxas e proteção contra toxinas
Um estudo realizado em mitocôndrias de planárias revelou que as antocianinas presentes em frutas roxas como o blueberry é capaz conferir proteção contra certas ameaças às quais todos estamos expostos, como os PFOA (Yuan Z et al, 2016). O que isso significa? É de importância capital!
O PFOA ou ácido perfluooctanóico, conhecido também como C8, é amplamente empregado na fabricação produtos não aderentes, antichamas e repelentes de água, entre os quais o teflon. Estudos mostram que este composto químico pode causar câncer e atrapalhar o desenvolvimento. Para diminuir a exposição, recomenda-se evitar superaquecer recipientes que contenham película antiaderente, e preferir panelas de aço inox.
No retrocitado estudo com animais, o PFOA induziu um aumento da permeabilidade nos poros mitocondriais e uma diminuição nas enzimas e capacidade de defesa antioxidante, o que representa, em última análise, eventos de agressão à saúde. Já nos animais tratados com a antocianina – presente no blueberry – observou-se o contrário, ocorrência de eventos químicos de proteção, como o crescimento da atividade da succinil desidrogenase, citocromo oxidase e monoaminoxidase, diminuição da permeabilidade e da capacidade total antioxidante. A conclusão é que as antocinaninas atenuaram a toxicidade do PFOA (Yuan Z et al, 2016).
Boa notícia – funcionais podem ajudar a “neutralizar” químicos ambientais tóxicos
Este e outros estudos trazem à tona a boa notícia de que podemos diminuir nossos riscos de doenças ligadas ao estresse oxidativo – como câncer e doenças cardiovasculares, entre outras – através da alimentação funcional, neste caso especificamente através do consumo liberal das frutas roxas, dentro de um plano balanceado de dieta.
Mas, cabe aqui uma advertência: não entenda mal a proposta, imaginando que podemos baixar a guarda contra os poluentes ambientais e alimentares desde que consumamos frutas roxas. Que o consumo de funcionais seria visto livre de entrada para quaisquer toxinas ou disruptores. Ou que consumi-los neutralizaria todos os venenos. É verdade que há muitas toxinas que inalamos e ingerimos involuntariamente, contra as quais não há muito o que fazer. O ambiente está contaminado. Em maior ou menor grau. Mas o que for possível evitar, as providências que se puderem tomar, são bem vindas! E, a essas medidas de prevenção, certamente indispensáveis, acrescentem-se os alimentos funcionais liberalmente no cardápio do dia-a-dia!
Bluebrerry (mirtilo) e câncer de mama
Os polifenólicos que ocorrem naturalmente em frutas roxas, de acordo com vários estudos, têm sido repetidamente apontados como envolvidos na quimioprevenção do câncer. Um estudo recente pesquisou o suco de mirtilo fermentado por Serratia vaccinii, o que aumentou o seu conteúdo de polifenóis e lhe conferiu propriedades anti-inflamatórias. E aumentou também seu potencial quimiopreventivo ao proteger os ratinhos de um experimento contra o desenvolvimento do tumor de mama, reduzindo inclusive a metástase pulmonar (Voung T et al, 2016).
Prevenção do câncer do intestino e da bexiga através dos probióticos
O papel dos probióticos no câncer colo-retal pode estar relacionado, pelo menos em parte, à supressão de bactérias prejudiciais no cólon, com mecanismos imunitários envolvidos. Há também benefícios anti-câncer fora do cólon, segundo um relatório japonês, como das taxas diminuídas de recorrência do tumor na bexiga após a ingestão de um probiótico em particular. As células dendríticas, que desempenham um papel central na proteção contra o câncer e na regulação da resposta imune, podem ser modificadas por probióticos como o leite fermentado. A adição de probióticos à dieta pode conferir benefícios à saúde, alterando as taxas de recorrência de tumores da bexiga. Referem-se benefícios através da aplicação intravesical do bacilo de Calmette-Guérin, por alteração da resposta de mecanismos imunes (FEYSETAN O et al, 2012).
Isoflavonas e câncer gástrico
Durante algum tempo se divulgou que as isoflavonas presentes, por exemplo, na soja, ajudariam a prevenir o câncer do estômago. Isso com base em alguns estudos in vitro, que vêm sugerindo que as isoflavonas podem inibir a carcinogenese gástrica. Estudos epidemiológicos, porém, ainda não confirmam esses achados.
Segundo revisão recente (Golpour S et al, 2015), o número de estudos é insuficiente para tirar quaisquer conclusões definitivas sobre a relação entre a ingestão de isoflavonas e o risco de câncer gástrico. Semelhantemente, estudos sobre a prevenção do câncer colo-retal pelas isoflavonas são ainda inconclusivos (Jin H et al, 2012).
Como agem os fitoquímicos anticâncer? (tópico de interesse predominantemente médico)
Em última análise, o estresse oxidativo é o fenômeno causado por desequilíbrio entre o sistemas de defesa antioxidante nas células e a produção de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio – os “famosos” radicais livres. E são eles, ao lado de substâncias cancerígenas que vêm do ambiente e da alimentação, que atacam as células, suas proteínas, lípidos e ácidos nucleicos. E o resultado pode ser desastroso: mutações genéticas, surgimento do câncer e outras doenças.
Há uma proteína chamada Nrf2 que desempenha papel crítico na regulação de diversos genes de enzimas antioxidantes e desintoxicantes, como a glutationa-S-transferases, NAD (P) H: quinona oxidorredutase 1, UDP-glucuronil transferases, e heme oxigenase-1. E exatamente aqui entram os fitoquímicos, pois vários estudos têm demonstrado que essas substâncias protetoras vindas da dieta possuem potencial quimiopreventivo do câncer através da indução de enzimas desintoxicantes e antioxidantes mediadas pela proteína Nrf2, e também através de vias de sinalização anti-inflamatórias. Esses mecanismos, somados, protegem-nos contra os danos celulares causados pelo estresse oxidativo.
Além disso, os estudos científicos revelam que a carcinogênese pode ser causada por alterações epigenéticas, tais como a metilação do DNA e modificações de histonas tanto em genes supressores de tumores como oncogenes. Mais uma vez, estudos recentes enaltecem o papel protetor de vários fitoquímicos dietéticos que ocorrem naturalmente e podem modificar a cromatina por mecanismos epigenéticos, incluindo a reativação da própria proteína Nrf2 através da desmetilação de ilhas de CpG e a inibição de histona-desacetilases e/ou histona-acetiltransferases. (SU ZY, et al, 2013).
Em resumo, trata-se de área de pesquisa muito promissora, digna de mais estudos para conhecimento mais amplo e efetivo do extraordinário potencial dos alimentos na quimioprevenção do câncer.
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