

Hoje eu quero dizer uma coisa que vai realmente surpreendê-los. E vocês sabem que eu detesto sensacionalismo. A internet está cheia de propostas mirabolantes prometendo perda rápida de peso. É o mito das dietas mágicas, ou dos tratamentos de efeito, que dispensam o esforço pessoal.
Vamos supor que alguém perca 10 quilos em um mês, e desses 10 quilos, a maior parte foi massa magra. Isso é mais comum do que se imagina, pois quando a perda de peso é muita rápida, a tendência é perder mais músculo que gordura! Na verdade essa pessoa não emagreceu, pois ganhou gordura percentual! Perdeu peso engordando – que loucura!
Mas, suponhamos que não haja tanta perda de músculo. Mesmo assim, esses programas não saudáveis são fatalmente vilões, pois mudam a microbiota intestinal para pior, gerando uma população de bactérias obesogênicas.
Isso quer dizer que a pessoa perde peso, bastante peso, mas cria uma flora intestinal que mudará drasticamente o metabolismo para a “chavinha” da “engorda”. Dali há meses ou anos, a tendência será sempre na direção do reganho de peso.
E quando você sacrifica massa muscular e tecido adiposo subcutâneo como resultado de uma dieta mal feita, seu aspecto ficará horrível, muito mais envelhecido! Com direito a muita flacidez! Um horror não é?
E depois, você vai recuperar não os dez quilos, mas 15, 20 quilos. E recupera quase tudo isso como gordura. Desastre quantitativo e qualitativo! Fracasso total! O corpo vai ficando cada vez mais desengonçado.
E pior ainda, vai ser cada vez mais difícil emagrecer, porque o metabolismo vai ficando mais lento, a taxa metabólica basal vai caindo.
Essas dietas, esse programas, são populares pelo imediatismo, pelos resultados rápidos, mas são sempre altamente deseducativos.
Já atendi muita gente arrependida. Por que?
Porque tudo isso vira um ciclo vicioso, uma sanfona, uma gangorra (há várias metáforas para isso, de tão comum que é) – engorda, emagrece, engorda.
Só que a curva aponta implacavelmente para a obesidade. E para a doença. Para uma qualidade de vida ruim. A saúde vai pro ralo.
As vítimas dessa loucura popular se tornam, raras exceções, obesos de difícil tratamento, quando não caem em algum transtorno alimentar grave, que vai da anorexia nervosa, passando pela bulimia, ortorexia e transtorno de compulsão alimentar.
O resultado é desastroso:
Se polariza ou na magreza doentia, ou no outro extremo da obesidade de tratamento extremamente difícil. Só existem dois caminhos para emagrecer, o certo e o errado, e a maioria, a grande maioria está sendo arrastada por uma corrente de modismo escandalosamente pernicioso para o caminho errado.
Uma dieta de proteína, uma dieta restritiva demais ou desequilibrada, é a grande causa dessa tragédia. Por isso muitos estudiosos afirmam: “O que mais engorda é dieta!”
O jejum intermitente pode ser uma boa opção, ajudar bastante, mas mesmo essa proposta vem sendo banalizada pelas mídias. Claro que uma alimentação hipocalórica é necessária para emagrecer com saúde: a receita óbvia é comer menos e gastar mais.
Mas, cuidado, a linha que separa o saudável do desastroso é bem tênue e às vezes confusa. Por isso, impõe-se uma orientação individualizada! Sim, cada caso é um caso, como diz o velho ditado médico. Uma verdade axiomática.
Sou grato a Deus pela bagagem que me permitiu acumular como médico e nutricionista, pois já atendi milhares de pessoas que sofrem com a obesidade e suas consequências, ao longo de mais de 30 anos.
Não posso ficar sem compartilhar aquilo que aprendi. Muita gente está morrendo por falta de conhecimento. E mais ainda por que negligencia o conhecimento (está na Bíblia, em Oséias 4:6).
Quero terminar esse breve artigo dizendo que me sinto na obrigação de compartilhar com vocês esse conhecimento. E ajudaria muito se você fosse um multiplicador desse conhecimento, que não é apenas um cabedal de informações teóricas, mas um conhecimento prático que pode salvar vidas!
Dr Daniel Boarim
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